Rascunhos de Falsos-poemas

Rascunhos, pois será sempre algo com arestas por limar... Falsos, pois poemas não o são, apesar de forma pretenciosa o quererem ser.

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Localização: Portugal

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Tempo

O Tempo foi outrora um cavalo,
Com certeza, um cavalo possante,
Branco … tão branco e luzente
Que ninguém conseguia olhar … e vê-lo.
Que corria sempre a seu ritmo,
Não se incomodando com quem ia à frente.

Nunca teve ninguém que o domasse,
Tais rédeas, não permitia.
Deve ter existido quem tentasse,
Mas de lá … bem não sairia.

Existiu quem o marcasse
A ferro e fogo, lápis ou pincel.
Mas também ele deixava marca,
A marca do seu casco,
Por onde quer que passasse,
Bem profunda e fiel.

Consentia, a quem o acompanhasse,
Sentar no seu dorso,
Mas só permitia, a quem o amasse,
Agarrar na sua crina!

O Tempo foi outrora um cavalo,
Com certeza que foi … mas já não o é …
É o Tempo que conhecemos.
Pouca gente consegue marca-lo,
E parece quase nunca deixar marca!
É este … o Tempo que mal conhecemos.


Ventura, Paiol
(09/08/2004)

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